Mensagem

Nosso blog contém os ARTIGOS que antes eram publicados no site do Ministério de Música Reconciliai-vos. (www.reconciliaivos.com.br).

terça-feira, 24 de julho de 2012

Falta Pouco !!!




          Estamos a pouco mais de 1 ano (sim 1 ano apenas!!) do maior evento católico  do  mundo. A  Jornada Mundial da Juventude

          Você pode estar pensando:  “Ainda é muito cedo para começarmos a agir”

          Pois digo-lhe que NÃO!!!! Estamos a muito pouco desse evento grandioso!!!!

          Não podemos deixar de mostrar ao mundo o  quanto  o  povo  brasileiro,  principalmente nós cariocas que seremos os anfitriões dessa jornada, o quanto somos acolhedores e o  quanto temos orgulhos de sermos BRASILEIROS. Precisamos  nos  conscientizar  que  as  grandes mídias só mostram o lado “negro” da nossa cidade parece que só aqui tem assalto, corrupção, maldades....Não é verdade? Agora temos a chance de mostrarmos ao mundo que nossa  cida-de tem problemas sim, como qualquer outra do mundo, mas também temos o povo  mais  aco-lhedor e carinhoso do mundo também.

          E sabe como poderemos fazer isso???

          Precisamos nos unir com todos os nossos irmãos católicos e  juntos  trabalharmos  para fazermos da JMJ RIO 2013 um momento INESQUECIVEL!!!!  Todos nós  podemos  ajudar  de alguma forma, precisamos colocar nossos DONS a serviço de Nosso Senhor JESUS. Sei  que dentro de cada um se esconde uma vontade, uma habilidade. Um desejo, uma ideia... 

Não seria ótimo mostrar isso que você sabe e pode fazer a todo o mundo ?
De que adianta somente você conhecer esse Deus maravilhoso ?
Imagina se a cada dia você convidasse alguém para lhe acompanhar a missa?

          Temos vergonha de convidar alguém a conhecer o Cristo, mas não temos  vergonha  de chamar para uma festa, para um jogo, para a praia... Será que algo não está errado?

          O próprio Jesus nos ensina no Evangelho de São Mateus capitulo 10, versículo 32-33

“Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus."

          Não podemos ser egoístas afinal como filhos de Deus devemos obedecer  a  sua  vontade! Vamos encher de orgulho aquele nos deu o Dom da vida,  assuma  esse  compromisso  de evangelizar jovens do mundo inteiro.

SEJA VOLUNTÁRIO DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE !!!

          Se ainda não sabe como ajudar, procure no Nosso Santuário uma maneira de  servir  ao Nosso Pai como melhor puder....

“Ide, pois, fazei discípulos meus todos os povos...” MT 28,19


Patrícia Moura
Coordenação de voluntários do Santuário de Nossa Senhora da Salette - Rio de Janeiro


"Nossa Senhora da Salette, reconciliadora dos pecadores,
rogai sem cessar por nós que recorremos a vós" 

O Perfil do Ministério de Música




           "... tenha visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é um valente guerreiro,  fala  bem, e é de bela aparência e Iahweh está com ele". (I Sm 16, 18)

          O ministro de música, antes de tudo, deve ser um homem de Deus. Deve ter uma vida reconciliada com Deus e os homens em vista da missão dada por Ele mesmo: evangelizar  com  a  arte  musical. Deve ser como Davi, que além de tocar era um valente guerreiro que falava bem e  de  boa  aparência, no entanto o mais importante era que o SENHOR estava com ele: ele era um homem de Deus. 

          Quando se fala de perfil do ministro, está se falando do pensamento do ideal para o serviço,  que se constrói na vida cotidiana. Assim, enumeramos o que vem a ser luz e motivação diante do que Deus quer realizar:


1- Silêncio

          "... um tempo para falar e um tempo para calar". (Eclo 3,7)

          O ministro de música precisa valorizar devidamente o silêncio dentro do seu ministério, sabendo discernir quando e como fazê-lo, este momento não deve ser infecundo, mas  fecundo,  pois  é  exatamente neste silêncio que Deus o visita e irriga a semente que Ele plantou; a postura adequada é de escuta e acolhimento ao que Ele plantou, a postura adequada é de escuta e acolhimento ao que Ele  tem para dar.

          É importante o silêncio no ministério, mas também é importante o silêncio do ministro de música, é sobretudo o próprio ministro que deve saber o tempo de calar e o tempo de ação, canto,  evangelização.

          Muitas experiências com Deus se dão no silêncio que se faz em Sua Presença e Majestade,  vemos então a importância do silêncio, pois se há experiência há testemunho, e qual seria o sentido de ministrar música se não sou testemunha ? Se no meu canto não há verdadeira evangelização ?  Tudo parte do meu silêncio orante diante de Deus e então começa a  verdadeira  missão, fundamentada na Vontade de Deus.


2- Obediência

          "Eu sou a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra".(Lc 1,38)

          Os que por Deus são chamados a serem ministros de música recebem com  este  chamado  graças que o capacitam a corresponder esse chamado, dentre elas a obediência.

          O que é a obediência do ministro de música senão fazer a vontade de Deus ? Um  músico  eleito não faz mais a sua vontade, mas a de Deus, a não ser que sua vontade coincida com a de Deus... Mas sabemos que nem sempre é assim, então Deus nos concede a graça para que se possa ser fiel a Ele.

          Na verdade não existe ministro de música não obediente, pois ser ministro de música não é  uma escolha do músico, mas de Deus, e se o músico diz Sim ele correspondeu ao chamado Divino, em  outras palavras: obedeceu.

          A primeira pessoa a quem o ministro de música deve obediência é a Deus. As  pessoas  que  devemos obedecer são na verdade, Mediadores da autoridade concedida por Deus. Devemos obediência as nossas autoridades, não por elas mesmas, mas porque a elas foi dada a missão  de  representarem a Deus.

          O músico deve ser atento a sua vivência da obediência, pois Deus lhe chama  constantemente  a obediência para ser feliz, na oração pessoal, na leitura de Sua Palavra, na eucaristia ou através da mediação das autoridades constituídas por Ele, de uma maneira muito especial, as autoridades  eclesiásticas, mas também o coordenador do ministério, por exemplo.

          A obediência é uma grande fonte de bênçãos, eficaz instrumento que o Senhor utiliza para purificar a nossa vontade nos tornando livres para seguir Jesus Cristo. (cf. ECCSh 131).

          A eficácia de uma evangelização depende totalmente da obediência, sem a obediência  tocar  ou cantar será em vão, de nada valerá..., pelo menos para nós, embora parcialmente edifique os outros.


3- Profissionalização

          Além de uma necessidade e de ser vontade de Deus, a profissionalização  é  uma  fonte  de  eficiência diante do empenho que é exigido no serviço, não deixando, de exigir um empenho próprio  para conquistá-la, com entusiasmo e perseverança. É muito importante ressaltar que ela está  abaixo  do  amor a Deus, não pode ser prioridade quando não há vida concreta de oração, pois será um simples  sinal deste amor.

          Na velha batalha entre a vida espiritual do ministro e o seu desejo de progresso, no  tocar  ou  no canto, que só será verdadeiro se for fruto do progresso interior, pode-se dizer que profissionalizar-se  é viver um dos aspectos necessários no cumprimento da missão  própria  do  ministro  de  música,  afinal Deus fará na humanidade do servo a aptidão natural aperfeiçoada pelo conhecimento,  estudo  técnico, cuidados básicos com os devidos instrumentos utilizados, desde a bateria até as cordas vocais.

          Haja, contudo, um cuidado quando se busca a técnica,  com  a  influência  de  instrutores(as)  de música que tenham, além de uma visão, uma vida ou ideologia não evangélica, especialmente na  área específica da qual estamos tratando. Isto para que não haja quebra de uma reta  intenção  do  coração, muito menos a direção que deve tomar o ministro no seu serviço. Se a técnica é instrumento de desvio, melhor seria operar a graça na "fraqueza" do servo. Ser um profissional no Reino pede  uma  maturidade e uma abertura para que Deus continue sendo o centro das opções e da vida do músico.


4- Humildade

          O humilde, pousa os olhos no Senhor: "Tu sois Santo, Tu sois Altíssimo." Sabe que por si só  nada tem e nada é; reconhece imediatamente o bem que em si existe e as  qualidades  que  possui,  mas tem sempre em mente a expressão: Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste,  por  que te glorias como se não o tivesses recebido? (I Cor 4,7); humilha-se no reconhecimento  do  seu  próprio nada e da sua absoluta dependência de Deus, e mantém-se no lugar que lhe compete.

          O humilde vê com clareza que tudo recebeu de fora, tanto na ordem da natureza: vida, corpo, inteligência, talento, saúde e força, olhos, membros, etc; como na ordem da graça. "Deus produz em nós o querer e o agir"(Fil 2,13), "não que por nós mesmos sejamos capazes de pensar coisa  alguma,  porque a nossa suficiência vem de Deus"(II Cor 3,5); nenhum pensamento, nenhuma decisão salutar, grata a Deus, nenhuma obra boa, nem mesmo a mais íntima, nenhuma oração. Nenhum ato de  fé  ou  de caridade provêm do servo nem pode-se tomar completamente para  si.  Mesmo  a  cooperação  com  a graça, o fato de não se abusar dela e de se lhe corresponder inteiramente, é fruto da ação de Deus  na vida do ministro. Quão exatas são as palavras do Apóstolo: "Que tens tu  que  não  tenhas  recebido ?" Nada, absolutamente nada !

          Ele sabe, todavia, que há algo exclusivamente do homem: o pecado. O humilde sabe muito  bem que, abandonado a si mesmo, só disso é capaz: de pecar. Se não caiu ainda nestes ou naqueles pecados, não o deve a si mesmo, mas unicamente a Deus que, na sua infinita misericórdia,  o  preservou:  isolado não teria podido defender-se. Como o publicano do Evangelho, reconhece-se pecador e indigno de levantar os olhos ao céu, indigno da estima e do afeto dos homens; merecedor de  ser  tratado  apenas como é: um pecador.

          É dizer como São Francisco: "Quem és Tu, quem sou eu". É olhar para si com os olhos de  Deus para conhecer-se, acolher-se e amar-se com o Seu amor. Como transbordamento  de  uma  conversão que se dá constantemente a partir deste conhecimento saberá o ministro  ser,  na  sua  missão,  o  que Deus quer, o que Ele pensa, o que Ele espera.


5- Serviço

          Aquele que serve "deve 'fazer-se tudo para todos' (I Cor 9,22) a fim de conquistar todos para Jesus Cristo... Particularmente, não imagine ele que lhe é confiado um único tipo de almas..." (CIC 24)

          Uma forte característica do bom ministro de música é o serviço: lavar os pés dos outros  com  água nova, amar a todos, dar-se sem medir, fazer a vontade de Deus... sempre no  louvor,  fazendo  uso de uma linguagem atualizada e própria para cada instante. Aqui se pode destacar tanto a renovação do repertórios utilizados nas diversas assembléias (congressos, cursos, missas...), como o uso  dos  carismas em benefício do povo ao qual se serve. 

          É importante, neste aspecto do serviço, refletir que:

           SER DA LINHA DE FRENTE é servir primeiro, buscando imitar mais de perto o Senhor,  sofrendo as primeiras conseqüências, chegando antes e saindo depois.

           ESTAR NA OFENSIVA E NA DEFENSIVA é servir na batalha espiritual, ao Senhor e ao seu povo. Dispor tudo para Deus indo contra a ação silenciosa, sutil ou mesmo nítida do inimigo, intercedendo para que se abra o céu num derramamento de graça. Estar atento ao que possa romper com a ação de Deus e pela graça, pela unção, defender a assembléia, "o coração do homem", contra os  ardis  do  demônio, ou mesmo, contra as próprias tendências da carne.

          O ministro de música está:

·         A serviço da Trindade: Servir ao Pai, por Cristo, no Espírito, fazendo, por sua vez, a  vontade  de Deus - como Jesus, pobre, obediente e casto - na unção do  Espírito,  precisando  ir  onde  Deus mandar, esperando, vivendo e crendo n'Ele. Por amor... 
·         A serviço do povo de Deus: Ë para o povo que existe o ministério de música. Este é auxílio, porte da graça. Deus realiza por meio de homens para alcançar outros homens. Não é  fazer  o  que  o povo quer e sim saber o que Deus quer fazer em favor do povo. Servir bem é,  portanto,  dar  somente o que vem de Deus para saciar a fome e a sede do povo. 
·         A serviço da Igreja: Ministramos o que cremos e não a nós mesmo, e não  a  cultura,  o  conheci-mento por ele mesmo, a lógica. Ministramos a verdade conhecida e experimentada,  a  graça  recebida e transbordada, a fé acolhida e vivenciada. É indispensável a coerência  entre  a  vida  do servo e a fé professada pela Igreja, afinal, como Igreja as partes formam um todo  que  necessita estar em unidade e esta unidade exige conhecimento, busca da verdade, renúncia  das  próprias mentalidades geralmente formadas pelos ditames do mundo.

6- Disponibilidade

          Numa visão generalizada aquele que deseja cuidar com fidelidade da  missão  à  qual  o  Senhor lhe convidou a servir, necessita estar disposto a dar-se sem medidas. "Amar é dar-se até doer". (Madre Teresa de Calcutá). O ministro de música é igualmente chamado a sair de si, a servir. Não é um  ministério para os que se servem, nem tão pouco para os que preferem servidos, mas para os que  preferem oferecer gratuitamente o que recebem de Deus e o fazem por gratidão ao próprio  Deus.  O  desejo  do sacrifício deve, assim, ser como um motor que leve o eleito a sempre ir além, a dispor não somente  as suas possibilidades e potências ao Senhor e aos irmãos, mas  ao  sacrifício  cotidiano  do  que  é  lícito para unir, como a viúva no templo, o que de nós é mais precioso em favor da edificação do Reino.

          Existem, contudo, algumas formas de  servir-se  no  ministério:  não  participar  de  ensaios;  não comparecer às formações; cantar ou tocar apenas o que se gosta ou quando se está bem, ou ao menos considera estar bem. Quem está neste rol precisa buscar a sua verdade pelo fato de ainda não ter entendido que ministério é serviço a Deus e ao outro.


7- Maturidade humana

          Ao falarmos sobre o tema maturidade humana imediatamente imaginamos que seja  o  momento da vida do homem no qual alcançou o discernimento pleno para dirigir sua vida e realizar  grandes  coisas sozinho, no entanto, na vida cristã, o homem atinge a maturidade no momento em que  conhece  a sua verdade, sua pequenez, sua fraqueza, lança-se inteiramente nas mãos de Deus e colabora  com  a sua ação.

          Exatamente porque reconhece a sua fragilidade, sua pequenez, sabe que não pode dirigir sua vida sozinho, necessita da ação do Espírito Santo sobre a sua natureza humana, porque só o Espírito desenvolve perfeitamente as suas capacidades humanas, intelectuais, espirituais, suas aptidões, até que alcance a idade madura.

          Uma boa maneira de perceber como se caminha para a maturidade é poder  responder,  na  verdade a algumas indagações como:

·         Tenho compreendido que necessito me relacionar intimamente com o Espírito  Santo ?  Sou  um daqueles que agem como se o Espírito Santo não existisse ? Tendo  o  Espírito  Santo  em  mim, posso continuar com uma vida medíocre ?
·         Sou bastante dócil ao Espírito Santo, bastante disponível para seguir  seus  conselhos  ditos  em segredo ao meu coração, seus misteriosos convites ? Sou capaz de responder a seus apelos pelo verdadeiro progresso que é o interior ? 
·         Tenho agilidade diante dos impulsos do Espírito Santo ? Deixo o Espírito Santo inteiramente livre para dirigir a minha vida de acordo com a sua vontade ?
·         Tenho colaborado com todas as minhas forças com a ação do Espirito Santo para que  todas  as minhas aptidões, talentos sejam plenamente desenvolvidos ? Deus me deu muitos talentos a  ní-vel espiritual, humano, intelectual, eu tenho colaborado para que estes talentos se multipliquem ?
·         Nas minhas tribulações, nas minhas dúvidas, tenho sabido invocar o  Consolador ?  Sou  eu  um obstáculo à ação do Espírito Santo em minha própria alma?
·         É mais um dos caminhos que o ministro necessita, com diligência, trilhar para servir  conformado ao Evangelho. Como ensina a Santa Madre Teresa de Jesus  de  Ávila:  "Quanto  mais  humano, mais santo".

8- Unidade

          Para que a música seja ministrada com poder, na ação do Espírito, é preciso que haja  harmonia de relacionamento entre aquele que ministra a música e aqueles que irão fazer  uso  da  Palavra;  entre quem anima e quem conduz a oração; entre vocal e instrumental;  entre  vocais;  entre  instrumentistas; entre ministério e assembléia. Enfim, a unidade, que será fruto de uma graça de oração e  docilidade  à ação do Espírito, é essencial para que todos bebam de todo bem, graça e unção que Deus deseja  derramar.

          Por exemplo, após uma pregação a música a ser ministrada deve ser uma continuidade  de  tudo o que foi pregado, desta maneira, não haverá quebra no que estava sendo conduzido. Para haver  esta harmonia entre a pregação e a música, o ministro deve estar atento o tempo todo ao que  está  acontecendo, ao que está sendo falado.

          Em outros casos, como a Celebração Eucarística, é preciso haver coerência entre o tom da  liturgia, conforme o tempo onde se está celebrando, e o serviço na música. Na quaresma  não  se  canta  o glória nem aleluia, caso o ministro não seja bem formado e faça uso de um desses cantos, estará  indo de encontro com o que pede a liturgia, e isto é uma forma de se quebrar a unidade.

          Existem muitas formas de construir ou de quebrar a unidade, cabe a  cada  ministro  o  zelo  pelo conhecimento pessoal das mentalidades que se traz quanto ao "ser" e o "fazer" o melhor, como no que diz respeito ao conhecimento intelectual de liturgia, oração de grupo, animação, da mesma forma,  que o conhecimento da vontade de Deus para cada instante em que se serve. Sem docilidade e disponibilidade a Deus e aos irmãos não se constrói a unidade.


9- Postura

          Para ministrar com poder também é preciso um cuidado com a  aparência,  pois  o  músico  deve sempre ter a postura de servo, para Jesus aparecer no seu lugar. Outrossim, como o músico  é  templo do Espírito Santo (I Cor 3, 6), deve cuidar do templo que é ele mesmo e  vestir-se  com  sobriedade,  usando roupas que não provoquem sensualismo. Não vista-se com exuberância, mas com simplicidade. Para facilitar, é bom até que se tenha um uniforme, algo simples, para ser  usado  nas  apresentações, eventos ou missas e dar um toque especial na unidade.

          A postura do músico não deve ser a de aparecer com seu instrumento ou sua voz, mas de deixar Cristo aparecer em si mesmo. É importante que o músico cante com o corpo todo,  mas  que  não  faça gestos exagerados nem escandalosos. 

          O músico não precisa focar escondido atrás das caixas ou do seu instrumento. Há  pessoas  que se escondem atrás de uma guitarra, ou de um teclado, para não deixar que Jesus o cure e o toque!

          Outra dica importante é evitar conversas paralelas que não estão no contexto  do  evento  e  que não hajam certos tipos de brincadeiras, durante a atuação do ministério, ou melhor, a sobriedade caminhe ao lado de todo aquele que se dispõe ao serviço.


10- Alegria

          São Tiago nos diz: "Está alguém alegre? Cante salmos" (Tg 5, 13).

          A alegria é a expressão maior de quem tem Deus no coração. Dizia Santo Agostinho: "Um Santo triste é um triste santo!". O coração e o rosto do músico devem transbordar de  alegria,  pois  não  con-vence ninguém um cantor que ministra sem a graça do louvor e da alegria.

          "Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor" (Sl 105, 3).

Fonte:  http://www.comshalom.org



Os Anjos




Aprender um pouco mais sobre esses seres um tanto quanto misteriosos para as pessoas faz-se necessário, nos nossos tempos ou negamos a existência dos anjos (reduzindo-os a figuras mitológicas ou à personificação do bem e do mal) ou exageramos a ação dos mesmos neste mundo cedendo à fantasia desorientada.

A palavra anjo vem do grego ángelos que significa mensageiro.

Para entendermos um pouco quem são os anjos usarei de um exemplo simples:
- Nosso “modelo de fabricação” é corpo e espírito, porém os anjos foram criados por Deus para serem puros espíritos.

Foram criados por Deus para sua glória e seus serviços sendo assim, os anjos não são entidades ou semideuses, são apenas criaturas de Deus e subordinadas a esse único Deus.

Para entender melhor as principais diferenças entre anjos e homens observe o esquema abaixo:


PERFEIÇÃO ANTOLÓGICA






Os anjos são divididos em dois grupos:

Anjos bons = obedecem a vontade de Deus
Anjos maus = recusam a fidelidade, pecando por soberba (mesmo pecado cometido por Adão e Eva)

Como já sabemos os anjos bons estão sempre ao lado de Deus, obedecendo a sua vontade como podemos conferir na Sagrada Escritura (Gn 21,17-19; Ex 3,2-6 entre outros tantos textos)

Podemos observar que os anjos bons aparecem desempenhando diversas funções :

         a) Anjos protetores: Gn 24,7; Ex 23, 20-23; Gn 48,16
         b) Anjos cortesãos de Deus: Gn 28,12; Sl 89(88), 8
         c) Anjos executores dos desígnios de Deus: Sl 35(34),6

A Sagrada Escritura revela os nomes de três anjos: Gabriel, Rafael e Miguel, o sufixo EL significa Deus.

Os Anjos Maus

Falar de anjos sempre nos remete ao “anjo decaído” aquele que se voltou contra Deus, por isso ao falar de anjos devemos lembrar que também na legião celeste houve aqueles que se voltaram contra Deus.

Aparece a noção de anjo mau, adversário dos homens aos poucos no Antigo Testamento.

A Escritura não refere explicitamente a queda dos anjos maus e o porquê do seu pecado, a verdade é que alguns textos bíblicos tem sido citados para ilustrar a queda dos anjos maus. Todavia nenhum deles se refere ao pecado dos anjos. (Jr 2,20; Is 14,13-15; Is 14,12)

Como D.Estevão gostava de dizer: “O demônio é um cão acorrentado, só morde quem chega perto.” 

Por isso devemos evitar as tentações que possam nos aproximar do demônio como:

- Fugir das ocasiões próximas e também  remotas de sedução ao pecado. Não é na hora da tentação que o cristão começa a estar alerta e resistente, mas durante toda a sua vida.

A oração nos dá a força que necessitamos para nos livrar da tentação do pecado sendo assim nossa melhor arma.

“FAZEI, SENHOR, QUE NÃO CEDAMOS À INFIDELIDADE PARA A QUAL NOS ATRAI AQUELE QUE FOI INFIEL DESDE O COMEÇO” (JOÃO PAULO II)

Está em nossas mãos deixarmos ser afetados pelo demônio...e aí qual a sua escolha??


Patrícia Moura (coordenadora da JMJ 2013 - Santuário Nossa Senhora da Salette, RJ)

Fonte:Curso de Angelologia – Escola Mater Ecclesiae


Símbolos da Jornada Mundial da Juventude




A CRUZ


          A cruz da JMJ ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, e muitos a chamam de Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo.

          A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. Quem a recebeu, em nome de toda a juventude, foram os jovens do Centro Juvenil Internacional São Lourenço, em Roma. Estas foram as palavras do Papa naquela ocasião: Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção? (Sua Santidade João Paulo II, Roma, 22 de abril de 2004).

         Os jovens acolheram o desejo do Santo Padre. Desde 1984, a cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da Europa, além da Cortina de Ferro, e para locais das Américas, Ásia, África e Austrália, estando presente em cada celebração internacional da Jornada Mundial da Juventude. Em 1994, a cruz começou um compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do país sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento.


O ÍCONE DE NOSSA SENHORA


         Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a cruz da JMJ: o ícone de Nossa Senhora, Salus Populi Romani, uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica para Maria a Mãe de Deus, no Ocidente, Santa Maria Maior. Hoje eu confio a vocês... o ícone de Maria. De agora em diante, ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas.


 (Roma, 18ª Jornada Mundial da Juventude, 2003).


Mensagem de Bento XVI



Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012

Amados irmãos e irmãs,

          Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspeto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.

          O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.

          Grande parte da dinâmica atual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.

          No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que deem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de céticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).

          Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Onipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (…) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini, 30 de setembro de 2010, n.º 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.

          Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a concelebração eucarística com os membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.

          Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «ações e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Constituição dogmática Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.

          Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovadoanúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.